quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Nostalgia

Finalmente, em 3 meses, estou a muito poucas páginas de ler a Blitz de uma ponta à outra. A falta de tempo às vezes é inexplicável, e confesso que já tinha saudades deste meu vício mensal tão saudável (:

Lê-la foi sem dúvida a minha salvação, hoje, enquanto estava literalmente a vegetar numa sala de espera. E acabou por ser uma espera deliciosa.

Para além da incrível entrevista ao sempre carismático Liam Gallagher dos Oasis, o artigo de opinião do Rui Tavares deixou-me boquiaberta, afinal, nem só de música se faz a Blitz.

Intitulado "O atraso do presente contínuo", numas meras duas páginas, este historiador tão dentro do século XXI vem falar do jornalismo e do que é ser jornalista, ontem, hoje e amanhã. O meu excerto preferido:

"A primeira intriga, jornalismo e nostalgia, não é muito difícil. Em primeiro lugar, só ilusoriamente o jornalismo é a matéria do presente. Como disse um grande escritor sueco, Stig Dagerman, “o jornalismo é a arte de chegar atrasado logo que possível”. Na verdade o jornalismo é o primeiro coveiro do presente, empurrando logo que possível as novidades para o passado.

(…)

O jornalista vive sempre no passado, uma espécie de passado ínfimo, olhando para o futuro, mas sempre no “imediatamente após”, recolhendo sempre os vestígios das coisas que acabaram de ocorrer. É como alguém que assiste à festa e depois varre o chão da sala. Decantando permanentemente esse passado instantâneo é impossível que o jornalista não fique saturado de nostalgia".


Talvez não venha trazer grandes novidades, mas sei lá, despertou-me para uma forma de olhar para o Jornalismo que nem sempre é a habitual, e conseguiu dar um certo encanto àquilo que, de alguma forma, aprendi durante o estudo exaustivo de TCS (Teorias da Comunicação Social).

Bolas, sou uma saudosista incurável, e chamar a nostalgia para bem perto daquilo que eu quero tanto fazer/ser, foi uma óptima tirada do Rui Tavares. O vinho de eleição dos jornalistas é mesmo o mais maduro. ;)

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Bottle of wine

É o Alex Kapranos, numa das músicas mais fantásticas (e ao longo do tempo vão perceber que a palavra 'fantástico' e todos os seus derivados são em mim muito recorrentes) dos Fraz Ferdinand que diz,

Don't we all, don't we all
Don't we all, don't we all, all

Love drinking wine
Love drinking wine in the afternoon

Tão leve, tão natural e orgânica, tão humana, a melhor inspiração para começar um blog (:

Ah, e a propósito, o meu nome é Nádia, adoro indie, punk, funk, grunge, folk e a música alternativa, na sua essência. Bons livros e bons filmes são um passatempo. As pessoas são o melhor e o pior do mundo. Gosto de debates, entrevistas e grandes reportagens, afinal, sou uma futura jornalista. E o vinho do momento é, sem dúvida, o Vinho do Porto.




Wine in the Afternoon - Franz Ferdinand